quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Principais governos militares

Órgãos repressores - O governo Médici jogou duro contra a oposição. Dentre os mecanismos criados para aniquilar a esquerda, destacaram-se:

a) Destacamento de Operações Internas e Comando Operacional da Defesa Interna (DOI-CODI).

b) Operação Bandeirante (OBAN).

c) Comando de Caça aos Comunistas (CCC).

Programa de Governo - Execução do I Plano Nacional de Desenvolvimento (1.o PND), que tinha por objetivo promover o crescimento econômico do País.

Milagre Brasileiro - A proposta do ministro do Planejamento, Delfim Neto, consistia em concentrar a renda, formando um "bolo econômico", a ser posteriormente dividido. O "bolo" cresceu, porém a massa trabalhadora não participou de sua divisão. A desigual e injusta distribuição de renda gerada pelo "milagre" fez que os ricos ficassem cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.

Crescimento econômico - Houve alto índice de crescimento econômico no Brasil durante o governo Médici (1969-1972), implementado pelo Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND). O crescimento econômico, com média de 11%, colocou o Brasil entre as grandes potências em expansão capitalista, mas custou caro às camadas populares. Conseqüências: arrocho salarial, desemprego e recessão.

Exílio político - Os direitos fundamentais do cidadão estavam suspensos. Qualquer um podia ser preso e exilado se fosse desejo do governo. Nas escolas, nas fábricas, na imprensa, nas artes, a sociedade brasileira sentia a mão de ferro da ditadura.

Propaganda - O governo gastava milhões com propagandas destinadas à melhoria da própria imagem junto ao povo. Um dos slogans dessa propaganda dizia: "Brasil: ame-o ou deixe-o".

Censura - Os meios de comunicação e as atividades culturais eram vigiados pela polícia. Tudo o que desagradava ao governo era severamente censurado. A ditadura não admitia criticas, nem mesmo oposição pacifica.

Resposta dos grupos esquerdistas - Os grupos de esquerda (ANL, POC, AP, Avante!, Molipo, PCB, PC do B, MR-8, VPR) decidiram-se pela luta armada, em ações isoladas, como única forma de derrotar o regime. Passaram a atuar na clandestinidade, fazendo:

a) Assaltos a bancos para financiar as ações de resistência.

b) Seqüestros de diplomatas.

c) Luta armada (focos urbanos e a famosa guerrilha do Araguaia).

Outras criações do governo Médici
a) Programa de Integração Nacional (PIN), criando obras faraônicas, como a Transamazônica.

b) Programa de Integração Social (PIS) , dando participação aos trabalhadores nos lucros das empresas. Criou também o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP).

Governo Ernesto Geisel (1974-1979)

Lei Falcão (1976) - Sancionada pelo presidente Geisel em primeiro de julho, a lei (conhecida "como Lei Falcão") alterou o Código Eleitoral. A partir das eleições seguintes, os candidatos só poderiam fazer campanha no horário de TV, mostrando exclusivamente suas fotos, seus currículos e suas plataformas. A lei, cuja finalidade era diminuir a possibilidade de derrota da Arena em futuras eleições, foi aprovada no Congresso, no dia 25 de junho.

Pacote de Abril (1977) - Medidas destinadas a garantir a vitória da Arena nas eleições parlamentares de 1978, no Congresso Nacional, determinaram que:

a) Estava incluída a Lei Falcão.

b) Um terço dos senadores não seria mais eleito, mas indicado pelo Governo Federal. Esses senadores passariam a ser chamados de "Senadores Biônicos".

c) O mandato presidencial passava de 4 para 6 anos.

Criação da Nuclebrás - A assinatura do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha ocorreu quando o País, precisando reorientar sua economia para escapar da vulnerabilidade energética e da dependência tecnológica norte-americana, procurou a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) para atuar em parceria em um projeto de transferência completa de tecnologia nuclear. Surgia o pragmatismo responsável: política externa voltada para o desenvolvimento econômico, responsável pelo momento de maior afastamento entre o Brasil e os Estados Unidos.

Protocolo de Brasília - Quando tomou posse, em março de 1974, o presidente Geisel logo aprovou a construção de uma segunda usina nuclear em Angra dos Reis, apressando entendimentos com o governo alemão para transferência de tecnologia e concessão do financiamento necessário. Em outubro, os dois países firmaram o documento conhecido como Protocolo de Brasília, que serviu de base para o Acordo de Cooperação nos Usos Pacíficos da Energia Nuclear, celebrado em Bonn, em 27 de junho do ano seguinte.

Abertura política lenta e gradual - Em termos políticos, a escolha do general Ernesto Geisel significava mais uma vitória dos grupos moderados, que pensavam em devolver o poder aos civis gradualmente.

É claro que os efeitos da crise econômica e as novas pressões dos vários setores da sociedade também contribuíam para o processo de abertura política.

Os trabalhadores, em 1978, desencadearam inúmeras greves, severa e violentamente reprimidas pela policia. No entanto os próprios empresários perceberam que era melhor conversar com os líderes sindicais do que com os representantes do governo.

Na região do ABC, em São Paulo, onde se concentram as indústrias automobilísticas, o movimento grevista dos metalúrgicos, liderados por Luís Inácio da Silva, o Lula, deu início à reorganização dos trabalhadores. O caminho, porém, seria mais difícil. Os militares da linha dura não concordavam com a política de abertura.

Ações repressivas, que culminaram com os assassinatos do jornalista Vladimir Herzog e do operário Manoel Filho, colocaram em questão a autoridade do presidente e provocaram a indignação social.

Governo João Baptista de Oliveira

Em 1978, o governo Geisel decretou o fim do Ato Institucional n.o 5.

Outras criações do governo Geisel

a) Polamazônia, visando a investimentos nos setores agropecuários e minerais na Amazônia.
b) Início da construção da hidrelétrica de Itaipu, em cooperação com o Paraguai.

Governo João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985)

Abertura política - Medidas democráticas iniciadas pelo governo Geisel:

a) Anistia geral concedida em 1979 aos condenados por crime político.

b) Reforma partidária, em 1979, que extinguiu o bipartidarismo e trouxe o retorno do pluripartidarismo.

c) Restabelecimento das eleições diretas para governadores dos Estados, em 1980.

Terrorismo de direita - Marcado por atitudes dos grupos conservadores que não aceitavam as medidas redemocratizantes de Figueiredo. Eles incendiavam bancas de jornais, realizavam atentados a bombas e praticavam seqüestros. O episódio mais notável foi o atentado ao Riocentro, local onde cerca de 20 mil pessoas assistiam a um show musical comemorativo ao dia 1.o maio, promovido por uma entidade de esquerda.

a) Campanha pelas Diretas-já (1983-84) - Gigantescos comícios realizados por todo o País, divulgando que as eleições presidenciais de 1985 seriam realizadas de forma direta. Neste processo político participaram Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Franco Montoro, Teotônio Vilela, Leonel Brizola, Lula e outros.

b) Emenda Dante de Oliveira (1984) - O deputado mato-grossense Dante de Oliveira apresentou ao Congresso Nacional a emenda que concluiria a abertura democrática, restabelecendo as eleições diretas para presidente da República. Esta emenda foi vetada pelo Congresso Nacional, não alcançando os dois terços exigidos por lei. A eleição presidencial de 1985, será de forma indireta, o presidente da República será eleito por um colégio eleitoral.

Sucessão Presidencial - Realizou-se de forma indireta, com duas chapas:

a) Situação: Paulo Maluf (PDS, antiga ARENA) apresentava-se como candidato do governo.

b) Oposição: Comandada pelo PMDB, formou a Aliança Democrática, apresentando seus candidatos: presidente da República - Tancredo neves; vice-presidente - José Sarney.

Em 15 de janeiro, os membros do Colégio Eleitoral deram 480 votos a Tancredo Neves e apenas 180 a Paulo Maluf, tendo sido registradas 17 abstenções e 9 ausências. Os cinco Estados que mais contribuíram para a vitória da Aliança Democrática foram Minas Gerais (57 votos), São Paulo (50), Rio de Janeiro (42), Paraná (37) e Bahia (35).

Golpe Militar de 1964

Ditadura Militar. "Anos de chumbo" (1964-1985)

1. Golpe Militar de 1964

a) Realizado pelas oligarquias em conluio com as Forças Armadas com o total apoio dos Estados Unidos.

b) Operação Brother Sam: uma aparatosa ajuda militar dos norte-americanos para consolidação do Golpe de 1964.

c) Combate ao comunismo e recuperação da credibilidade internacional.

2. Repressão: medidas duras - os atos institucionais (A. I.)

Foram instituídos diversos atos institucionais, entre os quais se destacam:

Ato Institucional n.o 2, decretado em outubro de 1965, estabelecia entre outras medidas:

a) Cassação de mandato: suspensão dos direitos políticos por 10 anos.

b) Eleições indiretas para presidente da República.

c) Extinção dos partidos políticos. Por meio do ato complementar n.o 4, de 24 de novembro de 1965, cria-se o bipartidarismo:

Situação: Aliança Renovadora Nacional (ARENA)

Oposição: Movimento Democrático Brasileiro (MDB)

Ato Institucional n.o 5, decretado no dia 13 de dezembro de 1968, estabelecia:

a) Suspensão dos direitos políticos (cassação de parlamentares).

b) Recesso em qualquer das Casas Legislativas: Congresso Nacional.

c) Confisca os bens advindos de enriquecimento ilícito.

d) Estado de sítio com prorrogação, fixando-se o respectivo prazo.

e) Intervenção federal nos Estados e Municípios.

f) Suspensão da garantia de habeas-corpus nos casos de crimes políticos contra a segurança nacional.

g) Recesso parlamentar, ficando a cargo do Executivo a autoridade para legislar em todas as matérias.

3. Frente Ampla

Movimento político de oposição ao regime militar, composto por políticos cassados, entre os quais Carlos Lacerda. Propostas defendidas pelo movimento:

a) Retomada do poder pelos civis.

b) Reformas econômicas e sociais.

c) Anistia geral.

d) Restabelecimento das eleições diretas em todos os níveis.

e) Reforma agrária ampla.

Além de Carlos Lacerda, o comando da Frente Ampla contava ainda com João Goulart e Juscelino Kubitschek.

4. Emenda Constitucional de 1969
Foi elaborada pela Junta Militar, dando amplos poderes para o Executivo, desfavorecendo ainda mais o Legislativo e o Judiciário. A Junta Militar foi composta pelo almirante Augusto Rademaker, pelo General Aurélio Lyra Tavares e pelo Brigadeiro Márcio de Souza Melo.

A emenda de 1969 criou:

a) A prisão perpétua e a pena de morte, visando fortalecer a Lei de Segurança Nacional.

b) A "fidelidade partidária", a fim de aprovar os projetos do governo.

Voltar
Imprimir
Indicar
Fórum de História
Bate-papo
Dúvidas? Fale com o Professor.

O Dadaísmo

O Dadaísmo foi um movimento originado em 1915 na cidade de Zurique (cidade que durante a Primeira Grande Guerra Mundial conservou-se neutra). Negava todas as tradições sociais e artísticas, tinha como base um anarquismo niilista e o slogan de Bakunin “a destruição também é criação“.

Contrários à burguesia e ao naturalismo, identificado como “a penetração psicológica dos motivos do burguês“, buscavam a destruição da arte acadêmica e tinham grande admiração pela arte abstrata. O acaso era extremamente valorizado pelos dadaístas, bem como o absurdo. Tinha tendências claramente anti-racionais e irônicas. Procurava chocar um público mais ligado a valores tradicionais e libertar a imaginação via destruição das noções artísticas convencionais.

Acredita-se, ainda, que seu pessimismo venha de uma reação de desilusão causada pela Primeira Guerra Mundial. Apesar de sua curta durabilidade - no período entre guerras, praticamente havia sido esquecido - e das críticas realizadas ao movimento, fundamentalmente baseadas em sua ausência de vocação construtiva, teve grande importância para a arte do século XX. Fez parte de um processo, observado nesse século, de libertação da arte de valores preestabelecidos e busca de experiências e formas expressivas mais apropriadas à expressão do homem moderno e de sua vida.

Originou-se de um grupo composto por artistas como Tristan Tzara, Hans Harp, Richard Hülsenbeck, Marcel Janko, Hugo Ball e Hans Richter que se encontravam em cafés de Zurique. A idéia inicial era a realização de um espetáculo internacional de Cabaré que contava com músicas diversas, recitais de poesia e exposição de obras. A maneira como surgiu o nome do evento é sugestiva: por acaso Ball e Hülsenbeck abriram um dicionário de alemão-francês e acabaram se deparando com a palavra dada, que foi posteriormente adotada pelo grupo e pelo movimento que daí surgiria.

A brochura “Cabaret Voltaire“, a inauguração da “Galeria Dada“ em 1917 e as revistas “Dada“, seguidas de livros sobre o movimento, ajudaram a popularizá-lo. Sua provocação, ativismo e conceito de simultaneidade (realizar ao mesmo tempo diversas apresentações, como a leitura de poemas distintos) muito deve aos futuristas, entretanto, não possuía o otimismo e a valorização da tecnologia que esse último movimento tinha.

O dadaísmo costuma ser bastante identificado aos ready-mades de Duchamp, como os urinóis elevados à categoria de obras de arte ou outras proezas do artista, como o acréscimo de bigodes à Mona Lisa. Os poemas non-sense, as máquinas sem função de Picabia, que zombavam da ciência, ou a produção de quadros com detritos, como Merzbilder, de Schwitters, são outras obras características do dadaísmo. Além disso, o dadaísmo, desde o começo, pretendia ser um movimento internacional nas artes. Picabia era o artista que acabou por fazer a ponte entre o dadaísmo europeu e o americano, tornando-se, juntamente com Duchamp e Man Ray, uma das principais figuras do dadaísmo forte em Nova York.

A revista “Dada 291“ era publicada nessa cidade americana, além de Barcelona e Paris, outras cidades por onde o movimento espalhara-se. Berlim, Colônia e Hanover eram outros importantes focos Dada. (Na Alemanha, o movimento ganhou características mais próximas de protesto social que de movimento artístico). O dadaísmo forneceu grande inspiração para movimentos posteriores, como o surrealismo, derivado dele, a Arte Conceitual, o Expressionismo Abstrato e a Pop Art americana.

O Cristianismo


Entre as religiões monoteístas, o cristianismo é, sem dúvida, a que conta com maior número de fiéis e a que está mais difundida em todo o mundo. Nascida dos ensinamentos de Cristo como prolongamento e superação do judaísmo, no curso de sua evolução histórica viu dela se formarem três grandes ramos: a Igreja Católica, as igrejas protestantes e as igrejas ortodoxas.

Embora divirjam em importantes aspectos doutrinários, essas três vertentes permanecem irmanadas por sua crença no caráter divino da revelação de Jesus, na existência de um Deus único em três pessoas, iguais em natureza e dignidade, que criou o mundo do nada, e nos princípios essenciais da cristandade: amor a Deus sobre todas as coisas, traduzido necessariamente no amor ao próximo, e a fé na chegada do reino de Deus.

Além disso, o cristianismo em seu conjunto se distingue das demais religiões monoteístas por ser a única que proclama a realidade de um homem-Deus, Jesus Cristo, Deus ele mesmo, encarnado em forma humana para realizar a vinculação mística e real de toda a humanidade com o Criador.

Os três ramos do cristianismo têm também um mesmo livro sagrado, a Bíblia, e acrescentam ao Antigo Testamento judaico o Novo Testamento, que compreende os Evangelhos e outros livros posteriores ao nascimento de Jesus. Convém assinalar, não obstante, que a Igreja Católica reconhece um maior número de livros canônicos no Antigo Testamento em relação ao texto protestante, que coincide praticamente com o hebreu. Desde o princípio do século XX, porém, iniciou-se um vigoroso movimento ecumênico, destinado em princípio a estreitar os laços entre as diversas igrejas protestantes, que não tardaria a despertar o interesse e o crescente apoio das igrejas ortodoxas e da Igreja Católica.

O termo "igreja", de origem bíblica, tem um significado original de comunidade, mas alude de forma especial à realidade transcendente da união de todos os crentes num só corpo com o Cristo ressuscitado. Sua fundação, anunciada por Jesus em suas palavras a Simão Pedro -- "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha igreja" (Mateus 16:18) -- remonta tradicionalmente ao dia de Pentecostes. Quando, depois da ressurreição de Cristo, o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos, inspirou neles sua graça e lhes concedeu dons excepcionais, como o conhecimento de línguas estrangeiras, para que percorressem o mundo e pregassem a palavra divina do Evangelho.

A pregação dos discípulos, segundo se relata nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas de São Paulo, um dos apóstolos, estendeu-se paulatinamente pelo mundo hebreu, pelo leste do Mediterrâneo e, no final, a todo o Império Romano e à própria Roma, cuja primeira comunidade cristã foi presidida por Pedro. A figura de Paulo foi decisiva nesse período, pois a ele se deve a elaboração de uma filosofia cristã do mundo, a organização das primeiras igrejas e a insistência no ecumenismo ou universalidade da mensagem cristã, dirigida a todos os homens e não só ao povo hebreu.

Apesar das condenações e perseguições levadas a cabo pelos governantes romanos, a mensagem de fraternidade do cristianismo, sua invocação a uma vida simples e moral, e sua promessa de imortalidade favoreceram a rápida expansão da nova religião, julgada a princípio apenas como mais um dos credos salvacionistas orientais que se disseminavam pelo Império Romano. No final do século I, o Novo Testamento já estava escrito e os fundamentos básicos da igreja cristã, em particular a universalidade e a exigência de unidade doutrinária, orgânica e sacramental, se encontravam fixados.

Apartheid


O Apartheid foi um dos regimes de discriminação mais cruéis no mundo. Ele aconteceu na África do Sul de 1948 até 1990 e durante todo esse tempo esteve ligado à política do país. A antiga Constituição sul - africana incluía artigos onde era clara a discriminação racial entre os cidadãos, mesmo os negros sendo a maioria na população.

Em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, os europeus chegaram à região da África do Sul. Nos anos seguintes, a região foi povoada por holandeses, franceses, ingleses e alemães. Os descendentes dessa minoria branca começaram a criar leis, no começo do século XX, que garantiam o seu poder sobre a população negra. Essa política de segregação racial, o apartheid, ganhou força e foi oficializado em 1948, quando o Partido Nacional, dos brancos, assumiu o poder.
O Apartheid, atingia a habitação, o emprego, a educação e os serviços públicos, pois os negros não podiam ser proprietários de terras, não tinham direito de participação na política e eram obrigados a viver em zonas residenciais separadas das zonas dos brancos. Os casamentos e relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram ilegais. Os negros geralmente trabalhavam nas minas, comandados por capatazes brancos e viviam em guetos miseráveis e superpovoados.

Para lutar contra essas injustiças, os negros acionaram o Congresso Nacional Africano, uma organização negra clandestina, que tinha como líder Nelson Mandela. Após o massacre de Sharpeville, o Congresso Nacional Africano optou pela luta armada contra o governo branco, o que fez com que Nelson Mandela fosse preso em 1962 e condenado à prisão perpétua. A partir daí, o apartheid tornou-se ainda mais forte e violento, chegando ao ponto de definir territórios tribais chamados Bantustões, onde os negros eram distribuídos em grupos e ficavam amontoados nessas regiões.

Com o fim do império português na África em 1975, lentamente começaram os avanços para acabar com o apartheid. A comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas (ONU) faziam pressão pelo fim da segregação racial. Em 1991, o então presidente Frederick de Klerk condenou oficialmente o apartheid e libertou líderes políticos, entre eles Nelson Mandela.

A partir daí, outras conquistas foram obtidas, o Congresso Nacional Africano foi legalizado, De Klerk e Mandela receberam o Prêmio Nobel da Paz em 1993, uma nova Constituição não - racial passou a vigorar, os negros adquiriram direito ao voto e em 1994 foram realizadas as primeiras eleições multirraciais na África do Sul e Nelson Mandela se tornou presidente da África do Sul.

O regime de segregação racial (apartheid) sul-africano, iniciado em 1948, termina oficialmente com a primeira eleição multirracial do país, em 1994. No entanto, deixa uma pesada herança no país, ainda marcado pelo "apartheid social". O padrão de vida é bastante desigual quando se trata de brancos e negros, e as taxas de criminalidade e de violência política continuam altas entre os negros. Implementado em 1994 pelo governo de Nelson Mandela o Programa de Reconstrução e Desenvolvimento tenta diversificar a economia, melhorar o sistema de habitação e educação e reduzir o desemprego, cuja taxa era de 29% da força de trabalho, em 1995.

A África do Sul detém sozinha quase 50% da produção industrial do continente africano. Rico em recursos minerais, o país é o maior produtor mundial de ouro. Possui também grandes reservas de diamante, cromita, urânio, antimônio, platina e carvão. Juntos esses minérios respondem por 60% das exportações e 10% do PIB do país.
O turismo é parte importante da economia sul-africana e as maiores atrações são as reservas de animais selvagens.

FATOS HISTÓRICOS – Os europeus tomam contato com a região em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias contorna o Cabo da Boa Esperança. Ponto estratégico na rota comercial para a Índia, e habitada por grupos negros de diversas etnias (bosquímanos, khoi, xhosas, zulus), a região do Cabo começa a ser povoada por imigrantes holandeses no século XVII. Lentamente, os colonos passam a considerar a região como sua pátria e adotam uma língua própria, o africâner.

Guerra dos Bôeres – Em 1806, os ingleses tomam a Cidade do Cabo e lutam, simultaneamente, contra os nativos negros e os descendentes de holandeses (bôeres), com o objetivo de se instalar na região. Os choques levam os bôeres a emigrar maciçamente para o Nordeste (a Grande Jornada, em 1836), onde fundam duas repúblicas independentes , o Transvaal e o Estado Livre de Orange.
A entrada de colonos ingleses em Orange e no Transvaal provoca tensões que resultam na Guerra dos Bôeres (1899-1902) e termina com a vitória dos ingleses. Os estados bôeres são anexados pela Coroa britânica e, em 1910, juntam-se às colônias do Cabo e de Natal para constituir a União Sul-Africana. A população bôer passa a se chamar africâner.

Apartheid – A partir de 1911, a minoria branca, composta de ingleses e africânders, promulga uma série de leis com o objetivo de consolidar o seu poder sobre a população, majoritariamente negra. Essa política de segregação racial (apartheid, do africâner separação) é oficializada em 1948, com a chegada ao poder do Partido Nacional (PN) – a força política dominante por mais de 40 anos.

O apartheid impede o acesso dos negros à propriedade da terra, à participação política e às profissões de melhor remuneração. Também obriga os negros a viver em áreas separadas das zonas residenciais brancas. Os casamentos mistos e as relações sexuais entre pessoas de raças diferentes tornam-se ilegais.

A oposição ao regime do apartheid toma forma na década de 50, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra fundada em 1912, lança campanha de desobediência civil. Em 1960, a polícia mata 67 negros que participavam de uma manifestação liderada pelo CNA em Sharpeville, uma favela situada a 80 km de Johannesburgo. O "massacre de Sharpeville" provoca marchas de protestos em todo o país. Como conseqüência, o CNA é declarado ilegal. Seu líder, Nelson Mandela, é preso em 1962 e depois condenado à prisão perpétua.

Bantustões – Em 1961, a África do Sul obtém sua independência completa, após um plebiscito que decide por sua saída da Comunidade Britânica. Nos governos dos primeiros-ministros Hendrik Verwoerd (1958-1966) e B.J. Voster (1966-1978), a política do apartheid agrava-se. Uma série de leis aprovadas nesse período classifica e separa os negros em diversos grupos étnicos e lingüísticos, gerando um processo que desemboca, em 1971, na criação dos bantustões – dez nações tribais independentes, instaladas em uma área correspondente a 13% do território sul-africano, onde os negros são confinados.

O domínio branco começa a enfraquecer-se com o fim do império colonial português (1975) e a queda do governo de minoria branca na Rodésia (atual Zimbábue), em 1980. Em 1984, uma revolta popular contra o apartheid leva o governo a decretar a Lei Marcial. A comunidade internacional reage: vários países decretam sanções econômicas como meio de pressão pelo fim do apartheid.
Acuado, o presidente Pieter Botha promove reformas, mas mantém os aspectos essenciais do apartheid. Os protestos prosseguem, sempre reprimidos com violência. No mundo inteiro, ganha corpo um movimento pela libertação de Mandela.

Fim do apartheid – Em 1987, o Partido Nacional perde votos entre os eleitores brancos, tanto à direita (Partido Conservador, para quem o governo deveria ser mais "duro" contra os negros) quanto à esquerda (Partido Democrático, que queria acelerar as reformas). Mas as mudanças significativas teriam de esperar até a posse de um novo presidente: Frederik de Klerk, que substitui Botha em 1989. Em fevereiro de 1990, Mandela é libertado e o CNA recupera a legalidade.
De Klerk revoga leis racistas e inicia o diálogo com o CNA. Sua política, criticada pela direita, é legitimada por um plebiscito só para brancos, realizado em 1992, em que 69% dos votantes se pronunciam pelo fim do apartheid. Mas entre os negros também há resistência às negociações. O Inkhata, organização zulu, disputa com o CNA a representação política dos negros. O líder zulu, Mangosuthu Buthelezi, acusa Mandela de "traição". A disputa degenera, várias vezes, em sangrentos conflitos.

Eleições multirraciais – Em 1993, inconformados com o avanço das reformas, líderes de 21 grupos extremistas brancos fundam a Frente Nacional Africâner (FNA), ameaçando criar um país independente no Transvaal. De Klerk, em resposta, convoca para abril de 1994 as primeiras eleições para um governo multirracial de transição. Em outubro de 1993, De Klerk e Mandela ganham o Prêmio Nobel da Paz.

A 27 de abril de 1994, em um pleito histórico, Nelson Mandela é eleito presidente pelo CNA. O partido obtém 62,6% dos votos, conquistando 252 das 400 cadeiras da Assembléia Nacional. O CNA junta-se ao Partido Nacional, do líder De Klerk, para formar o governo de unidade nacional. Essa aliança possibilita o primeiro governo multirracial do país.
No período entre as eleições e o final de 1995, o Parlamento sul-africano aprova dois importantes projetos. Em novembro de 1994, é a vez da Lei de Direitos sobre a Terra, restituindo as propriedades às famílias negras atingidas pela lei de 1913, que reservava 87% do território sul-africano à minoria branca e proibia os negros de possuir terras nessas áreas.

Em junho de 1995, a Lei de Reconciliação e Promoção da Unidade Nacional é aprovada. A Comissão de Reconciliação e Verdade, estabelecida pela nova lei, investigará a era apartheid, podendo anistiar crimes políticos e estabelecer compensações às vítimas.

Nova Constituição – O ano de 1996 é marcado por mudanças no governo de unidade nacional. Em março, a
do Sul ganha o primeiro ministro das Finanças negro de sua história. Trevor Manuel, até então ministro da Indústria, Comércio e Turismo, substitui Chris Liebenderg, que renuncia por motivos pessoais. Mudança mais radical, no entanto, acontece em maio, quando todos os ministros do Partido Nacional são substituídos por simpatizantes do CNA como conseqüência da retirada do PN do governo de unidade nacional. A decisão do partido de De Klerk foi motivada por não concordar com alguns pontos da nova Constituição, aprovada em maio de 1996, e que substitui a Carta provisória, instituída em 1994.

O documento final diz que aqueles que não possuem propriedade como resultado de leis raciais discriminatórias do passado têm o direito à restituição destas ou a uma compensação. Institui o direito à greve e garante ao estudante o direito à educação em sua própria língua. A nova Constituição só entra em vigor em 1999.A Comissão de Reconciliação e Verdade, presidida pelo arcebispo Desmond Tutu, abre sua sessão inaugural a 15 de abril.

O Anarquismo

Quando você ouve falar dos anarquistas, você logo é conduzido a acreditar que nós somos bombardeiros furiosos. Qualquer grupo que solta uma bomba é imediatamente chamado 'anarquista', não importando se eles são nacionalistas, socialistas ou fascistas. O mito criado é que nós acreditamos na violência por causa disso. O outro mito é aquele em que o anarquismo é caos, e é usado por políticos, governos e na mídia que diz: se não houver nenhum governo, haverá caos. Mas sempre que você procura saber sobre a sociedade de hoje logo vem à conclusão que talvez nós já estejamos vivendo um caos. Milhares de pessoas estão morrendo de fome ao redor do mundo, contudo, milhões de dólares são diariamente gastos em usinas nucleares que têm o potencial de destruir nós e todo o mundo afora.

Você poderia perguntar por que isto é assim? Nós dizemos que há uma grande razão - LUCRO! No momento nós vivemos numa sociedade na qual há duas classes principais - os ricos e os trabalhadores. Os ricos possuem as fábricas, bancos, fazem compras, etc. Os Trabalhadores não.Tudo que eles têm é o suor que usam para ganhar sua vida. São compelidos aos trabalhadores a vender o seu suor aos ricos por um salário. O patrão está interessado em usurpar com muito trabalho do trabalhador para que com pouco empreendimento seja possível poder manter altos lucros. Assim, quanto mais trabalham, menos ganham e mais os patrões enriquecem. Os interesses deles estão em total oposição um ao outro.

A produção não está baseado nas necessidades das pessoas. Produção é para lucro. Então, embora haja muita comida no mundo para alimentar todos, as pessoas passam fome porque os lucros vêm primeiro. Este é capitalismo!

Objetivos da ALCA

Quais os objetivos da ALCA ?

Um dos principais objetivos da ALCA esta no de conseguir controlar todo o comercio da América Latina e Caribe e reforçar as vantagens que tanto as empresas de importação como as de exportação dos EUA já tem sobre as empresas do subcontinente .O controle total da economia da região é da maior importância para grande potência do Norte , principalmente num momento de deterioração da sua balança de pagamentos e do aumento contínuo do seu déficit comercial , pois lhe permitiria enfrentar estes desequilíbrios com os investimentos no exterior . Por isso EUA adotaram um documento da ALCA a mesma definição constante no AMI (Acordo Multilateral de Investimentos ) , no que se refere ao conceito de investimento .Ou seja , tudo é investimento .

Quais os prejuízos a ALCA causará ?
São muitos os prejuízos , entre eles a perda cultural , que já esta em curso via mídia através de Big Brothers da vida e filmes americanos sem conteúdos , extremamente violentos .Agridem nossos valores morais e culturais .Um país
sem cultura é um país sem identidade .Um país se diferencia do outro pesa sua cultura .Com a ALCA implantada em nossos países a nossa cultura tão rica sumiria aos poucos .

Com a ALCA implantada o Brasil correrá o risco de perder a soberania ?

Sim!Na esteira da submissão econômica cada vez mais profunda , não haveria como evitar o aprofundamento da dependência política e cultural e a conseqüente perda acelerada da soberania nacional. O dólar passaria ser , a moeda de convenção continental , com a aplicação do estatuto currency board ( junta de moeda corrente ) , uma figura dos tempos coloniais , que proibia colônias de possuírem moedas próprias . O neoliberalismo torna-se aquilo ao que se destina , uma versão moderna de colonialismo , em nome dos novos padrões de acumulações e reprodução do capital.

Os objetivos políticos da criação da ALCA :

Consolidar a influência norte-americana sobre os maiores Estados da região ,garantindo seu apoio na sua disputa com outras potências , como a Rússia , a União Européia e a China .Ao mesmo tempo ,visa consolidar vínculos de dependência jurídica dos outros Estados latino-americanos para impedir modificações de política econômica ,bem como adotar políticas disciplinadoras dos fluxos dos bens de capital . Esses vínculos forçariam uma adaptação das legislação da legislação e das instituições dos diversos países aos modelos norte-americanos , para facilitar a atuação das mega-empresas multinacionais norte-americanas.

O objetivo militar da criação da ALCA :

Colocar sob protetorado militar norte-americanos os Estados da América Latina ,por meio de acordos que dificultem ou impossibilitem o desenvolvimento de tecnologias avançadas , muitas vezes de uso militar e civil ,alem de reduzir seu armamento convencional .Por último , quer reduzir as Forças Armadas ao papel de guardiãs da ordem interna , transformando-as em forças policiais.

O objetivo econômico com a criação da ALCA ?

Estabelecer um território econômico único nas Américas com livre circulação de bens , serviços e capitais , porém sem livre circulação da mão-de-obra , em especial a menos qualificada . Gradualmente , adotaria o dólar como moeda hemisférica ,cuja emissão e circulação ficaria sob exclusivo controle norte-americano.

A ALCA

A ALCA foi criada para ser a maior zona de livre comércio do mundo ,com acordos comerciais que atingiriam todos os aspectos da vida dos cidadãos das Américas.

A ALCA foi lançada pelos lideres de 34 países das Américas do Norte , Central e do Sul e do Caribe .O esforço para unir as economias das Américas em uma única área de livre comercio inicio-se com a Cúpula das Américas , realizada em Dezembro de 1994 em Miami , Estados Unidos.A fase preparatória foi de 1994-1998 ,os 34 Ministros estabeleceram doze grupos de trabalho para identificar e examinar as medidas relacionadas com o comércio as suas respectivas áreas com vistas a definir os possíveis enfoques das negociações.

As negociações da ALCA foram oficialmente lançadas em Abril de 1998 na Segunda Cúpula das Américas , em Santiago , Chile . Acordaram que as negociações deveriam visar a contribuir para elevar os níveis de vida , melhorar as condições de trabalho dos povos das Américas e proteger melhor o meio ambiente.finalmente , definiram a estrutura sob a qual seriam conduzidas as negociações.

Na Terceira Cúpula das Américas , foram fixados prazos para a conclusão e implementação do Acordo da ALCA .
Os Ministros receitaram ainda a necessidade de uma crescente participação da sociedade civil no processo da ALCA e instalaram todos os países do Hemisfério a fortalecer e aprofundar seus processos de consulta com a sociedade civil no plano nacional.

O que é ALCA ?

ALCA significa Área Livre de Comercio das Américas ,é uma organização criada pelos norte – americanos ,que visa exclusivamente a exploração dos países subdesenvolvidos , tornando-os submissos aos Estados Unidos ,com perda das suas soberanias .A ALCA aprovada será como um manto de proteção total e sem riscos para os investimentos diretos norte - americanos .

Onde surgiu a ALCA ?

Foi em Dezembro de 1994 , em Miami ,no governo de Bill Clinton o qual presidiu a primeira Cúpula das Américas ,composta por 33 países do continente americano ,com exceção da Cuba vetada pelos EUA .A Cuba é socialista , portanto é contra radicalmente o imperialismo norte – americano e qualquer proposta que vise interferência nos países soberanos.

Qual a proposta da ALCA ?

A proposta da ALCA é de “ representar a integração econômica e comercial das Américas ” tal proposta é absolutamente mentirosa pois se trata , na verdade , do “ lobo com pele de cordeiro ” ,ou seja é uma coisa muito ruim mas apresentada como uma coisa boa , já que não é possível integrar economias absolutamente desiguais como a da primeira potência mundial e os outros 33 países , em etapas diferenciadas de subdesenvolvimento como por exemplo , Brasil e Haiti.
Mais uma vez os EUA pretendente impor pela “ lei do mais forte ” a subordinação total e definitiva dos países da região , integrar , no contexto da ALCA , é entregar recursos naturais e monetários à grande potência americana , paises da região impedindo-os de crescer e desenvolvessem em nome dos interesses do grande do grande capital norte – americano em detrimento aos povos subdesenvolvidos.

Teoria do absolutismo

Em busca de bases ideológicas que conferissem legitimidade ao poder absoluto, os monarcas faziam derivar diretamente de Deus sua autoridade sobre os homens e as coisas incluídas nos limites de seus domínios. O direito divino concedia ao governante o poder temporal, enquanto o espiritual cabia ao papa. Cedo, porém, a expansão das tendências absolutistas levou o monarca a pretender também a direção suprema do movimento religioso nacional. A igreja, com interesses universais e uma política própria, tornou-se uma rival capaz de contestar e limitar o poder absoluto do soberano.

Ao procurar atingir as prerrogativas reais, a Reforma protestante contribuiu para fortalecer a tese do direito divino, dispensando a ação intermediária de Roma. Por sua vez, os governantes viram nas idéias da Reforma o veículo adequado para abolir a influência de Roma e assumir também o comando da vida espiritual de seus povos.

Paradoxalmente, o chamado "despotismo esclarecido" do século XVIII, em contestação frontal aos dogmas religiosos, não impedia aos monarcas reclamarem, mais que em qualquer outra época, origem divina para os poderes que se atribuíam. E o reinado de Luís XIV, que se estendeu do fim do século XVII ao princípio do XVIII, constitui o momento culminante do absolutismo.

As teorias do direito divino perderam definitivamente a força depois da revolução francesa e da independência dos Estados Unidos. Chegam, porém, até nossos dias os vestígios desse período, com os títulos e prerrogativas formais de certas monarquias, como a inglesa, em que o monarca é também chefe da igreja (anglicana) e exerce seus poderes "pela graça de Deus".
A monarquia absoluta fundamentou-se, no entanto, em argumentos de maior conteúdo racional que a origem divina. O chamado "pai do patriarcalismo", Sir Robert Filmer, sustentava na primeira metade do século XVII que o estado era a família, e o rei era o pai. A submissão à autoridade patriarcal era o veículo e a essência do dever político.

Seu contemporâneo, Thomas Hobbes, um dos mestres da filosofia política inglesa, argüía em sua obra De corpore político (1650; Do corpo político) que o homem só pode viver em paz, em sociedade, se concordar em se submeter ao poder político absoluto de um soberano.

Prática do absolutismo


Francisco I da França (1515-1547) pode ser considerado um absolutista, com a Itália fornecendo as máximas despóticas e os juristas do direito romano as bases teóricas doutrinárias. O primeiro estado nacional, porém, onde as doutrinas absolutistas vigoraram com nítida configuração foi o eleitorado de Brandemburgo, núcleo do poder dinástico em que se fundou o reino da Prússia.

A captação dos recursos financeiros indispensáveis à formação e controle das forças armadas constituiu o instrumento de que se serviu Frederico Guilherme o Grande Eleitor (1640-1688) para implantar em seus domínios o sistema absoluto. Ao fim de um período de atritos com a nobreza, logrou estabelecer o princípio que isentava a aplicação da renda pública dos votos das classes representativas de interesses locais. A nobreza foi compensada às expensas dos camponeses, e os Junkers (nobres), ao entregarem o poder político, consolidaram uma influência econômica e social no interior do país, com os resultados que mais tarde se fizeram sentir na organização política e social da Prússia

Data desses primórdios do absolutismo uma das mais constantes características do sistema, a formação de uma classe burocrática que termina por controlar, ou ao menos diluir, o poder individual do governante. A burocracia com efeito limitativo, apta a manipular o poder conferido ao soberano absoluto, foi uma constante em todas as sociedades despóticas, cercadas de uma elite que se perpetuava no governo.

Os movimentos revolucionários de cunho liberal que sacudiram a Europa em 1848 puseram fim definitivamente aos regimes monárquicos de caráter absolutista.

Absolutismo moderno

No século XX, com a crescente complexidade da máquina governamental, insuscetível de controle individual, regimes totalitários apresentam aspectos de absolutismo burocrático, em que os governantes dividem a autoridade com funcionários que controlam o sistema econômico nacional e as forças responsáveis pela continuidade do poder. Embora com o abandono da forma monárquica, os regimes totalitários apresentam extrema concentração de poder em mãos do governante.

O governo é exercido em nome do estado ou em representação de uma doutrina político-social dominante.
As ditaduras do século XX inovam, porém, em relação a suas antecessoras, ao estender à sociedade como um todo a autoridade política. Outro aspecto que constitui novidade nas formas modernas absolutistas é exemplificado pelas doutrinas fascistas e nazistas, que dominaram a Itália e a Alemanha até o fim da segunda guerra mundial.

O Absolutismo

Sistema de governo em que um monarca exerce o poder sem restrição legal nem interferência de órgãos legislativos ou judiciais autônomos.

"O estado sou eu."

A conhecida sentença de Luís XIV da França, o Rei Sol, sintetiza a essência do absolutismo: o regime político em que uma pessoa, o soberano, exerce o poder em caráter absoluto, sem quaisquer limites jurídicos.
Absolutismo é a forma de governo caracterizada pela concentração total de poder em mãos de um só indivíduo ou de um grupo de indivíduos. As chefias coletivas constituem, porém, casos excepcionais do sistema governamental absolutista, podendo ser consideradas etapas na evolução do processo de concentração integral do poder ou situações sui generis, em que a divisão de forças entre os chefes não permite a afirmação de superioridade por parte de um só dos componentes do núcleo dirigente.

O que caracteriza o absolutismo é a ausência completa de limitações ao exercício do poder. Não há pesos e contrapesos reguladores das relações entre o poder executivo e as agências legislativas e judiciárias constituintes da organização estatal. A maquinaria constitucional, quando existente, está sempre à mercê da vontade do governante, que a pode alterar sem aprovação de órgão público.

O sistema encontra sua mais fiel representação nas formas de governo das monarquias da Europa ocidental nos séculos XVII e XVIII. O soberano possuía, de direito e de fato, a soma total dos atributos do poder: legislava, julgava, nomeava e demitia, instituía e cobrava impostos, organizava e comandava as forças armadas.
História. Nos primeiros séculos do feudalismo o rei era apenas o primus inter pares (primeiro entre iguais), governava por escolha e consentimento da nobreza e dela dependia para fazer a guerra e concluir a paz, assim como para impor ao estado um sistema fiscal. Nessa fase do regime feudal, a vida política das nações foi marcada por um antagonismo constante entre o poder real, que procurava expandir-se, e os interesses da nobreza, que tendiam a limitá-lo.

A luta terminou no século XVI com a subordinação da nobreza ao poder real. A idéia do absolutismo firmou-se com a outorga aos monarcas dos atributos da majestade e com a submissão das igrejas nacionais ao controle temporal do soberano.

O Calvinismo na França


Na França, o teólogo João Calvino posicionou-se com as obras protestantes e as idéias evangelistas, partindo da necessidade de dar à Reforma um corpo doutrinário lógico, eliminando todas as primeiras afirmações fundamentais de Lutero: a incapacidade do homem, a graça da salvação e o valor absoluto da fé.

Calvino julgava Deus todo poderoso, estando a razão humana corrompida, incapaz de atingir a verdade. Segundo ele, o arrependimento não levaria o homem à salvação, pois este tinha natureza irremediavelmente pecadora. Formulou então a Teoria da Predestinação: Deus concedia a salvação a poucos eleitos, escolhidos por toda a eternidade. Nenhum homem poderia dizer com certeza se pertencia a este grupo, mas alguns fatores, entre os quais a obediência virtuosa, dar-lhe-iam esperança.

Os protestantes franceses seguidores da doutrina calvinista eram chamados huguenotes, e se propagaram rapidamente pelo país. O calvinismo atingiu a Europa Central e Oriental. Calvino considerou o cristão livre de todas as proibições inexistentes em sua Escritura, o que tornava lícitas as práticas do capitalismo, determinando uma certa liberdade em relação à usura, enquanto Lutero, muito hostil ao capitalismo, considerava-o obra do demônio. Segundo Calvino, "Deus dispôs todas as coisas de modo a determinarem a sua própria vontade, chamando cada pessoa para sua vocação particular". Calvino morreu em Genebra, em 1564. Porém, mesmo após sua morte, as igrejas reformadas mantiveram-se em contínua expansão.

O Anglicanismo na Inglaterra

Na Inglaterra, o principal fato que desencadeou a Reforma religiosa foi a negação do papa Clemente VII a consentir a anulação do casamento do rei Henrique VIII com Catarina de Aragão, impedindo a consolidação da monarquia Tudor. Manipulando o clero, Henrique VIII atingiu seu objetivo: tornou-se chefe supremo da Igreja inglesa, anulou seu casamento e casou-se com Ana Bolena. A reação do papa foi imediata: excomungou o soberano e, em consequência, o Parlamento rompeu com Roma, dando ao rei o direito de governar a Igreja, de lutar contra as heresias e de excomungar. Consolidada a ruptura, Henrique VIII, através de seus conselheiros, organizou a Igreja na Inglaterra.

Entretanto, a reforma de Henrique VIII constituiu mais uma alteração política do que doutrinária. As reais alterações teológicas surgiram no reinado de seu filho, Eduardo VI, que introduziu algumas modificações fortemente influenciadas pelo calvinismo. Foi no reinado de Elizabeth I, porém, que consolidou-se a Igreja Anglicana. A supremacia do Estado sobre a Igreja foi afirmada e Elizabeth I tornou-se chefe da Igreja Anglicana independente. A Reforma na Inglaterra representou uma necessidade de fortalecimento do Estado, na medida em que o rei transformou a religião numa via de dominação sobre seus súditos.

A Contra-Reforma

A reação oficial da Igreja contra a expansão do protestantismo ficou conhecida como Contra-Reforma. Em 1542, o papa Paulo III introduziu a Inquisição Romana, confiando aos dominicanos a função de impô-las aos Estados italianos. A nova instituição perseguiu todos aqueles que, através do humanismo ou das teologias luterana e calvinista, contrariavam o ortodoxia católica ou cometiam heresias. A Inquisição também foi aplicada em outros países, como Portugal e Espanha.

Em 1545, a Igreja Católica tomou outra medida: uma comissão de reforma convocou o Concílio de Trento, desenvolvido em três fases principais, entre 1545 e 1563, fixou definitivamente o conteúdo da fé católica, praticamente reafirmando suas antigas doutrinas. Confirmou-se também o celibato clerical e sua hierarquia. Em 1559 criou-se ainda o Índice de Livros Proibidos, composto de uma lista de livros cuja leitura era proibida aos cristãos, por comprometer a fé e os costumes católicos.

Santa Inquisição

A palavra inquisição significa: ameaçar, abusar, chorar, ferir, causar medo, dentre outros significados. A santa inquisição era uma forma da Igreja Católica, interrogar e torturar, indivíduos culpados pele crime de heresia, ou seja ateus, ou pessoas contrárias aos dogmas da igreja católica.

A origem mais provável da Santa Inquisição foi a cerca de 1180, quando foram enviados pelo Papa para o Concilio de Verona alguns padres.

As pessoas acusadas do crime heresia, não necessariamente, foram acusadas por um padre, qualquer indivíduo poderia acusar, e após isso o acusado era detido, qualquer um que demonstrasse interesse pela absolvição do acusado também poderia der detido mediante a acusação de herege, “pois quem defende herege é herege”.

A principal marca da Santa Inquisição é a forma de interrogar os acusados, através dos piores torturas possíveis e imagináveis.

Igreja e o Sacro Império


O Império Carolíngeo foi dividido entre os netos de Carlos Magno através do Tratado de Verdum, mais ou menos em 840. A família de Luis governou a França oriental até mais ou menos 900, porém quando não havia mais herdeiros, foi criado o Reino Germânico pelos alemães, esse reino foi criado com o intuito de unir os senhores feudal.

O Imperador era eleito através de uma votação feita pelos príncipes, mas ele só se tornava imperador após ser coroado pelo Papa em Roma.

Feudalismo

O feudalismo surgiu no período do Império Romano através das culturas Romanas e Germânicas, e era uma forma de sociedade, que por muito tempo prevaleceu na Europa no período medieval.

Os senhores feudais eram donos de terras que na maioria das vezes eram dadas para eles pelos reis. Quem cuidava dessas terras eram os camponeses, que em recompensa recebiam um pedaçinho de terra para servir de moradia, e eram explorados, mesmo se algum dia quisesse sair da terra não era possível, pois eles adquiriam dividas e sem poder paga-las aos senhores feudais ficavam presos à terra.

A principal atividade econômica do período feudal era a agricultura, porém, a pecuária, a produção artesanal e a mineração também faziam parte da economia da época só que ainda muito pouco.

No Feudalismo não existe Estado, ou seja, um órgão comum de poder, cada feudo tem suas leis e regras, porém todos recebem fortes influencia da Igreja Católica.

A Reforma Religiosa : A Crise da Religiosidade


No fim da Idade Média, o crescente desprestígio da Igreja do Ocidente, mais interessada no próprio enriquecimento material do que na orientação espiritual dos fiéis; a progressiva secularização da vida social, imposta pelo humanismo renascentista; e a ignorância e o relaxamento moral do baixo clero favoreceram o desenvolvimento do grande cisma do Ocidente, registrado entre 1378 e 1417, e que teve entre suas principais causas a transferência da sede papal para a cidade francesa de Avignon e a eleição simultânea de dois e até de três pontífices.

Uma angústia coletiva dominou todas as camadas sociais da época, inquietas com os abusos da Igreja, que exigia dos fiéis dízimos cada vez maiores e se enriqueciam progressivamente com a venda de cargos eclesiásticos. Bispos eram nomeados por razões políticas e os novos clérigos cobravam altos preços pelos seus serviços (indulgências), e nem sempre possuíam suficientes conhecimento de religião ou compreendiam os textos que recitavam.

Com as rendas que auferiam, papas e bispos levavam uma vida de magnificência, enquanto os padres mais humildes, carentes de recursos, muitas vezes sustentavam suas paróquias com a instalação de tavernas, casas de jogo ou outros estabelecimentos lucrativos. Outros absurdos como a venda de objetos tidos como relíquias sagradas – por exemplo, lascas de madeira como sendo da cruz de Jesus Cristo – eram efetuados em profusão. Diante dessa situação alienante, pequenos grupos compostos por membros do clero e mesmo por leigos estudavam novas vias espirituais, preparando discretamente uma verdadeira reforma religiosa.

O Luteranismo na Alemanha

Na Alemanha, o frade agostiniano Martinho Lutero desenvolveu suas reflexões, criando a doutrina da justificação pela fé como único ponto de partida para aprofundar os ensinamentos que recebera. Segundo ele, "Deus não nos julga pelos pecados e pelas obras, mas pela nossa fé". Enquanto a concessão de indulgências como prática de devoção era entendida pelos cristãos como absolvição, a justificação pela fé defendida por Lutero não permitia atribuir valor às obras de caridade, opondo-se à teoria da salvação pelos méritos. Em 1517, Lutero publicou suas 95 teses, denunciando falsas seguranças dadas aos fiéis. Segundo diziam essas teses, só Deus poderia perdoar, e não o papa, e a única fonte de salvação da Igreja residia no Evangelho. Em torno dessa nova posição, iniciou-se na Alemanha um conflito entre dominicanos e agostinianos. Em 1520 o papa Leão X promulgou uma bula em que dava 60 dias para a execução da retratação de Lutero, que então queimou publicamente a bula papal, sendo excomungado. No entanto, Lutero recebera grande apoio e conquistara inúmeros adeptos da sua doutrina, como os humanistas, os nobres e os jovens estudantes. Consequentemente, uma revolta individual transformou-se num cisma geral. Na Alemanha as condições favoráveis à propagação do luteranismo se acentuaram devido à fraqueza do poder imperial, às ambições dos príncipes em relação aos bens da Igreja, às tensões sociais que opunham camponeses e senhores, e o nacionalismo, hostil às influências religiosas de Roma.
O imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Carlos V, tentou um acordo para tolerar o luteranismo onde já houvesse, mas pretendia impedir sua propagação. Cinco principados protestaram contra esta sanção, o que gerou o termo protestantismo. Sentindo a fragmentação cristã em seus domínios, Carlos V convocou a Dieta de Augsburg, visando conciliar protestantes e cristãos.

Dada a impossibilidade de acordo, os príncipes católicos e o imperador acataram as condenações, na tentativa de eliminar o protestantismo luterano. Após anos de luta, em 1555, os protestantes venceram, e foi assinada a paz, que concedeu liberdade de religião no Santo Império. Lutero morreu em 1546, mas permaneceu como grande inspirador da Reforma.

O movimento luterano abriu caminhos para rebeliões políticas e sociais, não previstas por Lutero. Em 1524 eclodiu a Revolta dos Camponeses, composta em sua maioria por membros de uma nova seita, os anabatistas. Extremamente agressivos e individualistas, levaram às concepções de Lutero sobre a livre interpretação da Bíblia e reclamavam a supressão da propriedade e a partilha das riquezas da Igreja. Embora sustentando a idéia de liberdade cristã, Lutero submetia-se a autoridades legítimas, recusando-se a apoiar os revoltosos.

Condenou então as revoltas e incitou os nobres à repressão. Os camponeses foram vencidos e o protestantismo se expandiu apenas para os países escandinavos (Suécia, Noruega e Dinamarca), sendo instrumento de rebelião dos burgueses e comerciantes contra os senhores de terra, que eram nobres católicos.

Os Atritos

Vários fatores determinaram o aumento de hostilidades entre Inglaterra e França, num primeiro momento, interesses que envolviam os reis e importantes setores da nobreza. No século 12, o rei Henrique II da Inglaterra se casou com Leonor da Aquitânia e, segundo as tradições feudais, tornou-se vassalo do rei da França nos ducados da Guyenna e Gasconha. Desde então as relações entre os reis da Inglaterra e França foram marcadas por conflitos políticos e militares. No entanto, durante esse período não podemos pensar uma guerra entre nações ou países. Mesmo mais tarde, no século 15, durante o famoso episódio que envolveu Joana D'arc, é muito difícil tratar de nação e portanto de nacionalismo. Os conflitos do período muitas vezes tiveram nobres ingleses aliados ao rei da França, em outras ocasiões a situação é inversa.

O próprio Henrique 2º foi vitima de uma conspiração que envolveu seus dois filhos, Ricardo, o coração de leão e João, sem terra, que para destronar o pai se aliaram ao rei da França Filipe Augusto. As disputas envolvendo os dois reinos pelo trono da Inglaterra também servem para demonstrar que a luta pelo poder não tem nacionalidade. A rebelião dos barões ingleses em 1215que deu origem a Magna Carta atesta essa situação mais uma vez. Os ingleses perderam suas possessões em França.

Outro ponto de atrito entre as duas monarquias era a região de Flandres, rido entreposto comercial, situado a nordeste da França, a qual estava subordinado politicamente. Além do intenso comércio estabelecido na região, Flandres era importante centro produtor de tecidos, que consumia grande parte da lã produzida pela Inglaterra. Essa camada urbana vinculada à produção de tecidos e ao comércio posicionava-se a favor dos interesses ingleses e portanto, contra a ingerência política francesa na região.



No entanto, a situação tornou-se verdadeiramente crítica quando o Conde de Nevers, regente de Flandres desde 1322, prestou juramento de obediência ao seu suserano Filipe de Valois, decisão que poderia paralisar a economia flamenga, pois, com a morte do terceiro e último filho de Filipe IV, o Belo (Carlos IV, 1328), o trono da França passou para um de seus sobrinhos, justamente Filipe de Valois, que adotou o nome de Filipe VI (1328 a 1350). Instigado por Jacques Artervelde, rico mercador que já havia liderado uma rebelião na cidade flamenga de Gand, o rei da Inglaterra Eduardo III (1327 a 1377) reclamou para si a coroa francesa, alegando sua condição de neto (pelo lado materno) de Filipe, o Belo.

Introdução da Guerra dos Cem Anos

A Guerra dos Cem Anos foi um longo conflito que envolveu a Inglaterra e França entre os séculos 14 e 15, período marcado por transformações socioeconômicas e políticas, que caracterizaram a crise do sistema feudal.

O grande crescimento populacional e das cidades, assim como o movimento das Cruzadas, foi responsável pela reativação da produção e do comércio, e deu uma nova dinâmica às sociedades européias. Do ponto de vista político, os reis fortaleceram e centralizaram o poder, refletindo os novos interesses que se desenvolviam, relacionados à formação de uma camada de mercadores e a adaptação da nobreza e de seus interesses.

Para os mercadores, as estruturas feudais representavam um obstáculo ao desenvolvimento, uma vez que a autonomia de cada feudo permitia que houvesse uma variação muito grande moedas, leis, exércitos, sistema de pesos e de medidas, dificultando a circulação de mercadorias. Por isso os grupos mercantis e, em particular os habitantes dos burgos, tenderam a apoiar a centralização do poder real, com o intuito de unificar os mercados. Apesar de pouco numerosos e considerados como um grupo marginal, os burgueses formavam uma camada nascente que acumulava capitais e contribuía financeiramente para o rei armar seus exércitos.

A formação das nações

O processo de centralização política pode ser percebido desde o século 12, de forma sutil, na medida em que os reis exigiam que seus vassalos se subordinassem a seus tribunais.

A formação das Monarquias nacionais é normalmente apresentada como um processo linear, ou seja, um processo político onde, gradualmente o rei aumenta seu poder ao longo do tempo e, ao contrário, a nobreza e o clero perdem poder e espaço político. Apesar dos grandes interesses em jogo, a centralização do poder real encontrou peculiaridades em cada região européias ou em cada nação em formação.

Na Península Ibérica, a formação dos reinos está diretamente vinculada a Guerra de Reconquista e mescla interesses feudais e comerciais. O condado portucalense, que deu origem ao Reino de Portugal, era inicialmente, uma possessão feudal, fruto das alianças entre grandes nobres durante a guerra. A independência de Portugal frente à Castela por sua vez, representou a quebra da vassalagem devida até então.

Durante a Baixa Idade Média, a Inglaterra viveu um processo contraditório em relação à disputa política. No início do século 13 a nobreza inglesa impôs ao rei João Sem Terra a “Magna Carta”, documento que estabeleceu limites ao poder real, principalmente em relação às questões jurídicas, tributárias e que envolvessem a guerra; desde 1215 o rei deveria consultar um “Conselho de Nobres” para tomar decisões sobre essas questões. Se por um lado o poder real ficou limitado, por outro foi reconhecido e legitimado, ao mesmo tempo em que possibilitou que as relações entre o rei e a nobreza se tornassem mais equilibradas, garantindo ao rei maior prestígio e subordinação por parte dos súditos, responsáveis por fornecer ao rei os recursos matérias necessários para as guerras.

Nesse sentido os exércitos ingleses, formados pelos homens cedidos pelos grandes barões e comandados pelos mesmos, podiam ser considerados mais organizados e disciplinados. Gradualmente o poder real se fortaleceu.
Na França a situação era diferente, a centralização política aparentemente caminhava a passos largos, a vitória de Luis 8º sobre João Sem Terra e a política tributária centralizadora de Felipe, o belo, fizeram com que o poder real fosse reforçado.

A Guerra dos Cem Anos (a guerra)


Os franceses acusavam os ingleses de desenvolverem uma política expansionista, percebida pelos interesses na Guyenne e em Flandres. Já os ingleses insistiam em seus legítimos direitos políticos e territoriais na França.
Em 1337 Felipe VI, de Valois, rei da França, atacou a Guyenne iniciando o conflito que duraria décadas e diversas gerações. Além disso exerceu intenso assédio ao litoral inglês durante meses, até ser derrotado em 1340.

Durante o reinado desses dois reis, as Batalhas de Crécy e de Calais, em 1346 e 1347 respectivamente, foram as mais importantes, ambas com vitórias inglesas, que garantiram a Eduardo III importantes posições no norte do país, mantendo o Canal da Mancha sob seu controle. Para tanto o rei da Inglaterra contou com o apoio financeiro de grandes mercadores de Flandres e do duque da Bretanha, que voltou-se contra o monarca francês. O avanço e a conquista inglesa só não forma maiores porque os dois países, como a maior parte da Europa, estavam sendo duramente atingidos pela peste negra, que foi responsável por interromper a guerra.

O período seguinte da guerra foi comandado por Eduardo IV da Inglaterra, conhecido como "o príncipe negro" (por conta da cor de sua armadura), e por João II, conhecido como "o bom", que sucedera ao pai no comando do reino francês. Esse período foi caracterizado por sucessivas vitórias inglesas, contando com o apoio de muitos nobres locais, mais preocupados em preservar seus domínios do que com a lealdade devida ao rei da França, possibilitando o domínio de cerca de um terço do território francês nas regiões norte e oeste, Em 1356, quando da batalha de Poitiers, o rei João II foi capturado e levado como prisioneiro para a Inglaterra, onde morreria oito anos depois, momento que representou o ápice das conquistas inglesas e, pelo contrário, o momento mais delicado para a França na guerra, forçando-a a assinar o

Tratado de Brétigny (1360) que reconhecia o domínio inglês sobre as regiões conquistadas e devolvia os territórios tomados no início do conflito.
Após a morte de João II, o bom, o reino francês foi comandado por seu filho, Carlos V que enfrentou sucessivas revoltas camponesas, as mais famosas conhecidas como "Jacqueries", e também urbanas. O rei não reconheceu os acordos anteriores e de 1360 a 1380 obteve vitórias significativas sobre os ingleses retomando grande parte do território perdido.

As vitórias desse rei, fruto da reorganização militar, fortaleceram a idéia de centralização política, possibilitou submeter a maior parte da nobreza, aumentar a arrecadação tributária e organizar o Estado com elementos oriundos da burguesia em cargos de confiança.

As últimas décadas do século 14 e as décadas iniciais do século seguinte foram marcadas pelas disputas internas nos dois países, arrefecendo momentaneamente a guerra externa. No caso da Inglaterra ocorreram rebeliões camponesas lideradas por Wat Tyler, contra a servidão e posteriormente as disputas envolveram parte da nobreza, que lutou contra o rei, e culminou com a ascensão de Henrique de Lancaster ao trono em 1399, com o título de Henrique IV. Na França as lutas internas foram mais complexas e envolveram os interesses da região da Borgonha, antigo feudo poderoso, que lutou constantemente por seus interesses particulares.

Em Considerando Carlos VI como incapaz, os Borguinhões pretenderam tomar o poder e aliaram-se aos ingleses. Ao lado da família real ficaram o irmão do rei, Luis de Orléans e Bernardo de Armagnac. Nesta guerra civil, destacaram-se João sem medo de Borgonha e o Delfim Carlos, que mesmo deserdado pelo pai manteve a liderança das tropas francesas contra os ingleses e mais tarde assumiria o trono como Carlos VII (1422).

Os conflitos forma retomados desde 1413 por Henrique V, que sucedera o pai e procurou se aproveitar da guerra interna à França. A Batalha de Azincourt em 1415 representa o grande momento da nova ascensão inglesa que, vitoriosa, impôs o Tratado de Troyes, em 1420, aos franceses, que garantia a Inglaterra todo o norte do país, inclusive Paris e, o mais grave, destituía o Delfim Carlos, colocando-se Henrique V da Inglaterra como sucessor do trono francês. Para consolidar tal acordo, Henrique casou-se com Catarina, filha do rei Carlos VI, e portanto irmã do Delfim.

Em 1422 os reis dos dois países morreram. Henrique V da Inglaterra e Carlos VI da França. Oficialmente o trono era herdado por Henrique VI, criança recém nascida, enquanto o Delfim Carlos viria a ser coroado apenas em 1429, em Reims, num momento onde a guerra tomou novo rumo, em grande parte atribuído a figura de Joana D'arc, camponesa que liderou tropas do sul da França em apoio ao rei.

A figura de Joana D'arc tornou-se um mito e ainda hoje e tratada dessa maneira pela historiografia predominante. Destaca-se o aspecto religioso nesse processo de mitificação, tanto pelo fato de "ter tido visões" que a levaram a participar da guerra, ou ainda pelo fato de ser transformada em "heroína nacional", numa época em que é praticamente impossível falar em nacionalismo.

Teoria do Criacionismo


Como o nome já diz é uma “teoria”, ou seja, tenta explicar sobre o surgimento do Universo, levantando assim hipóteses, tentando levar em consideração os livros sagrados como: a Bíblia e o Corão, não são teorias religiosas, mas que somente tenta exigir/ querer saber quem é o criador do universo.

Além de tentar verem por hipóteses e livros, os “criacionistas” criam à relação do desenho Inteligente. Encontram-se nas civilizações mais antigas, explicações (através de desenhos), sobre a origem da vida.

Os criacionistas mesmo estudando sobre a origem do Universo, não descartam a hipótese de haver um deus que fez todas as coisas, eles crêem que o “Deus judaico-cristão”, envia o Dilúvio, as pragas no Egito, abertura do Mar-vermelho e a parada do sol para Josué, e outros milagres somente para a interferência na vida de seu povo, dizem que tudo foi criado para que houvesse hoje, um fenômeno americano e divulgado pela imprensa. Outros, já pensam e acreditam que os “seis dias” em que o Mundo foi criado, representariam “seis” eras geológicas, ou seja, a terra se desenvolvendo, não em dias mais em bilhares de anos.

Assim, como há pessoas que acreditam e até estudam o criacionismo, há pessoas também que não acreditam nessas teorias e criam argumentos contra isso. Sendo assim, a teoria do criacionismo não crê que o Mundo foi criado por um ser superior, Deus, e que foi criado em “seis dias”. Existem variadas teorias criacionistas.

Exemplo:

• Bíblia: Diz que Deus criou os céus e a Terra (todas as coisas) em “cinco” dias e o homem e a mulher no “sexto” dia.

• Teoria dos Esquimós: Havia dois “montes de terra” e dizem que as pessoas saiam do chão, ou seja, os esquimós eram casados e não tinham filhos, mas acreditava –se que os mesmos saiam da terra, principalmente as meninas.

• Teoria dos deuses escultores: Acreditam que os deuses pegavam argila e modelavam os homens e as mulheres eles modelavam com palmeiras traçadas. Acharam areia branca e formaram os homens brancos e fizeram homens com areia da cor de bronze, formando assim os negros.

• Idade de ouro: os homens eram associados com os deuses, ou seja, não conheciam morte, então com o seu orgulho fizeram acontecer os “males” da terra, acreditava-se que os homens voavam como pássaros e que suas ferramentas trabalhavam por si, em troca de alimentos, mas um dia os homens beberam bastante e se esqueceram das ferramentas e as mesmas se revoltaram e não mais trabalharam fazendo com que o homem trabalhasse com elas arduamente.

Idade dos Metais


Dá-se esse nome pelo fato de essa época começar a surgir os metais, ou seja, instrumentos metálicos começaram a dominar o cobre, o estanho e o bronze. Com isso a Metalúrgica (criada pelos nômades) foi diversificada até atingir o ferro, que era utilizado para que fossem feitas as armas. Muitas esculturas de barro e cera eram produzidas naquele período.
Com a população crescendo, as pequenas comunidades foram sendo desenvolvidas, e com esse crescimento, começaram a dominar grandes terras, formando as cidades.

Com as descobertas e o crescimento da população, havia briga para ver quem ficava com as terras e os metais, quem ganhava se apropriava de tudo isso roubando dos que menos tinham.

Origem do Homem


A origem do homem é estudada através de armas, desenhos, e ossos, isso porque não existia a escrita, sendo que o período da pré-história é por volta do ano 4000 a.C. A evolução do homem divide-se em três etapas: 1. Paleolítico: conhecido também como a idade da pedra lascada é dividido em Paleolítico superior e inferior, que vai de 500.00 – 30.000 a. C 30.000 – 8.000 a.C.

2. Neolítico: conhecido também como a nova idade da pedra, vai do ano 8.000 – 5.000 a.C.

3. idade dos metais: vai do ano 5.000 – 4.000 a.C.

Muitas descobertas, não foram feitas pelos homens, mas de modo em que ninguém precisou procurá-las. O homem, com o passar do tempo foi evoluindo, passando de uma “espécie” para a outra ganhando as características que hoje conhecemos. Vejamos a explicação científica para essa evolução.

Australopithecus: que significa macaco do sul, ele media até 115 centímetros de altura, andavam na posição vertical, e usavam como armas ou como instrumentos paus e pedras, não usavam a palavra como forma de comunicação, mais 2,5 milhões de anos começaram a caçar carne, pois para digerir, seria para eles bem melhor, sendo que a partir daí seu sistema fisiológico, fazendo com que seu estômago diminuísse.
Homo Habilis: seu nome significa homem habilidoso, pelo fato de ter habilidade com as mãos, e com instrumentos de trabalho, seu cérebro era um pouco maior do que o Australopithecus, ou seja, mais inteligente e bem mais habilidoso do que outras espécies, fazendo assim, com que evoluíssem mais.

Homo Herectus: quer dizer homem direito, com a altura e a inteligência quase de aproximando do homem atual. “Descobriu” o fogo, e por esse motivo foi distinguido em meio a muitas espécies.

Homo sapiens: Surgiu há 250 mil anos, com a evolução do homo herectus, e com toda a evolução se tornou o homo sapiens, que continua evoluindo e se tornando a espécie dominante.
Depois de todas essas espécies, vem a era glacial, surge o Homem de Cro-Magnum, o homem de Neandertal, que brigam entre si, e quem sempre vence é o homem de Neandertal, com essas vitórias a espécie de Neandertal acaba entrando em extinção. Há trinta anos chega a Era Glacial em que os homens terão que começar a plantar e caçar para sobreviver.

Com essas evoluções, o homem foi tomando sua “forma” e “independência” até se tornar o homem atual.

Nomadismo


Nomadismo é o nome que é dado às pessoas que não têm habitação fixa, ou seja, vivem mudando de um lugar para o outro sem moradia certa. São pessoas que vivem da caçam, e que buscam em vários outros lugares, pastos para caçarem.
Depois que descobriram o barro, os nômades, passaram a criar animais e a fabricar algumas peças de barro e cerâmica para realizarem trocas. Atualmente ainda existem grupos de pessoas assim, como os nómadas mongóis. Na Índia, essa cultura nômade se caracterizou pela travessia das famílias com jangadas e caçavam com arco e flecha.

Período Neolítico


O período Neolítico, é o período em que a agricultura é bastante forte, com o cultivo, foi possível construir moradias fixas perto dos rios para que haja facilidade no cultivo e na abundância de alimentos, e desenvolver sociedade entre outros povos, aumentando ainda mais a população. Começaram a domesticar os animais, o trabalho passou a ser para todos, independente de serem homens e mulheres.Neolítico quer dizer, Idade da Pedra Polida, pelo fato de os instrumentos serem feitos de Pedra Lascada e Pedra Polida. Com essa evolução, passaram a produzir peças, e com isso começou a surgir o comércio e o armazenamento de alimentos e a utilização de roupas de lã e utensílios, surge o dinheiro. Esse período por ser o último, foi marcado pela escrita e não somente por desenhos que eram feitos nas cavernas. Todo o clima muda, pelas conquistas próprias dos homens, alterando assim o clima, ou seja, a crosta terreste aquece e aumenta o nível do mar , modificam-se as florestas, os desertos e até alguns animais que eram desconhecidos passam a aparecer.

Período Paleolítico


O período Paleolítico, quer dizer pedra antiga é mais conhecida como período de selvageria, ou Idade da Pedra Lascada, que acontece no período pré-histórico, que aconteceu há 2 (dois) milhões de anos. Nesse período a principal atividade era: a caça e a colheita, utilizando instrumentos de pedra, tendo que se deslocar de um lugar para o outro, como nômades. Nesse período há uma divisão, existe o período Paleolítico Inferior (há 300 mil anos), e o Período Paleolítico Superior (até 10 mil anos a.C.). Antes que existisse o período Paleolítico ouve o Período Eolítico. O tempo era frio e com isso os nômades (pessoas que viviam nesse período), começaram a utilizar o fogo, para se manterem aquecidos e espantarem os animais que os atacasse.